15/04/2014
Depois de impasses ambientais, setor privado cria programa que certifica empresas de aviação agrícola; por enquanto 20 cumprem as “regras da sustentabilidade”
Capacitação: a segunda etapa exige participação em cursos relacionados à área ambiental. A frequência e o desempenho em provas teóricas definirão a certificação.
11/11/2014:
A importância da equipe de solo na redução dos riscos na operação aeroagrícola
- O desenvolvimento da aviação agrícola brasileira foi intenso nos últimos anos. Isso pode ser evidenciado pela utilização de novas aeronaves, como o “Ipanema”, com desempenho muito superior ao do Embraer-200, lançado no mercado brasileiro em 1969. Também foram incorporadas à frota nacional diversas aeronaves estrangeiras, dentre elas, as aeronaves turbo-hélice, donas de uma performance notável. No campo da tecnologia, a adoção do GPS Diferencial (DGPS), que eliminou o sistema convencional por bandeiras - os “bandeirinhas” -, foi outro avanço que permitiu ganho de produtividade de diversas formas, com o piloto podendo escolher qual a melhor forma de aplicação e largura das faixas de deposição. Porém, tais ganhos de produtividade não podem ocorrer em detrimento da segurança operacional. Isso criaria situações que podem expor os pilotos a um nível de risco inaceitável, como realizar curvas (balões) mais apertadas que o recomendado e carregamento da aeronave com uma quantidade de produtos químicos maior que a capacidade regulamentada. Uma busca ecaz de produtividade deve ocorrer através de planejamento adequado da operação, boa estrutura da empresa em termos de segurança operacional e, principalmente, pela atuação de uma equipe de solo capacitada, nem sempre reconhecida de forma devida. Para algumas empresas aeroagrícolas – em especial aquelas que não adotaram a cultura de gerenciamento de risco – o piloto é o principal responsável pelo aumento da produtividade em termos reais. Porém, contratempos ocorridos no solo, como um simples descuido na mistura de produtos químicos ou falhas no equipamento de solo, podem afetar o rendimento da operação como um todo, sem qualquer interferência do comandante. Para que isso não ocorra é fundamental a participação de prossionais de apoio em solo, como coordenadores (prossional que cuida do relacionamento com os clientes e ordena os locais onde será realizado o trabalho), mecânicos de aeronaves e, principalmente, um prossional subestimado: o ajudante de solo, também conhecido como badeco, secreta, tuco, técnico (variando a denominação conforme a região do País). Tempo se ganha no chão, com equipe de solo bem treinada Como exemplo das atividades desenvolvida por esse prossional, podemos citar o abastecimento simultâneo de combustível e produtos químicos. Enquanto o piloto cuida de outros aspectos da operação, o ajudante efetua o referido abastecimento, tornando-se o principal responsável no momento em que realmente se ganha (ou não se perde) tempo – no solo. Uma das maiores diculdades desse trabalho é realizar as tarefas no menor tempo possível, para garantir que a aeronave possa decolar rapidamente, atividade que deve ser executada por um prossional treinado, experiente e atento a qualquer anormalidade. SEGURANÇA OPERACIONAL Quando se trata de segurança operacional, é o ajudante (da equipe de solo) quem realiza algumas das tarefas essenciais. Mesmo assim, devido à natureza sazonal da aviação agrícola, com o término da temporada de aplicação de defensivos muitos empresários não querem arcar com o custo de manter o ajudante durante a entressafra. Isso gera uma grande rotatividade no setor, pois na temporada seguinte, será necessário contratar uma nova pessoa para executar essa tarefa, muitas vezes sem treinamento e com pouca experiência. Isso traz ansiedade para todos, devido à perda de produtividade. O custo de se manter um bom ajudante, ou pelo menos de providenciar a ele algum tipo de assistência e garantir a sua permanência na temporada seguinte, é menor do que as perdas decorrentes e o aumento dos riscos operacionais de se ter um novo ajudante, inexperiente, na empresa. A segurança operacional deve ser atingida observando todos os aspectos que possam contribuir para os riscos da atividade. O reconhecimento da importância dos ajudantes é fundamental para que possa ser reduzido o tempo perdido em solo, forte componente de pressão ao piloto. Assegurar uma equipe de solo eciente e capacitar o ajudante que acompanha a aplicação aérea, garantindo a ele uma condição adequada de trabalho, são medidas que promovem a segurança operacional e minimizam os riscos na atividade aeroagrícola. Retirado de: "ANAC - Carta de Segurança Operacional" Alexandre Derivi Endres Especialista em Regulação de Aviação Civil Chefe da Divisão de Regulação Econômica – DRE Unidade Regional Porto Alegre
Leia mais11/11/2014:
DIVOP EMB 202 A
- Link para divulgação operacional(DIVOP) ANAC EMB 202 A: https://drive.google.com/file/d/0ByYs3jG8afcvbF9Ody15MzRkc28/view?usp=sharing
Leia mais07/12/2013:
Brasil é referência mundial na reciclagem de embalagens de agrotóxicos
- Legislação determina obrigações de governo, agricultores, revendedoras e fabricantes no processo. Tratamento correto do material descartado evita a contaminação do ar, do solo e da água. O Brasil é líder mundial na reciclagem de embalagens de agrotóxicos. Grande parte delas se transforma em recipientes para substâncias químicas ou em produtos que não têm contato contínuo com pessoas. Apesar do sucesso, em algumas regiões o programa ainda é deficiente e há dificuldades de lidar com os descartes dos defensivos agrícolas ilegais. Em 2012, foram recolhidas no país 94% das embalagens descartadas. A distância para o segundo colocado no ranking mundial, a Alemanha (76%), exemplifica o sucesso do programa. Em terceiro lugar aparece o Canadá (73%), seguido por França (66%) e Japão (50%). Para especialistas, a parceria entre agricultores, governo federal e empresas é responsável pelo resultado positivo brasileiro. Desde 2000, o país estabeleceu políticas públicas para o recolhimento desses recipientes. A primeira medida foi a criação de uma legislação que determinou o papel de cada um dos envolvidos – desde o agricultor até o fabricante, passando pelos distribuidores. "Essa obrigatoriedade aliada à criação de uma instituição própria das empresas para organizar e implementar essa logística fez com que o sistema de recolhimento e reciclagem tivesse pleno êxito no Brasil", afirma Luís Eduardo Rangel, coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para Renata Nishio, coordenadora de projetos do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), entidade criada pelos fabricantes de agrotóxicos para gerir esse processo, a criação de uma legislação foi fundamental. "Não é somente um acordo entre as partes, mas uma responsabilidade legal de seguir as atividades que essa lei indica para cada um deles", reforça. Diferença regional A taxa de recolhimento varia conforme a região. "Os modelos de devolução funcionam melhor em áreas de índice de desenvolvimento humano maior e onde há maior qualidade e tecnologia da agricultura", conta Rangel. Segundo o coordenador geral da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Marcos Rochinski, em alguns locais os agricultores não recebem orientação adequada sobre o que fazer com essas embalagens e como armazená-las. Além disso, a falta de fiscalização e a venda ilegal de agrotóxicos também contribuem para que muitas embalagens não recebam a destinação correta. "Como não há uma fiscalização mais contundente, nem todas as empresas orientam o agricultor onde levar esse produto. E, além do problema legal, há ainda a ilegalidade. Infelizmente aqui no Brasil há muitos agrotóxicos vendidos sem receituário agronômico e importado clandestinamente", reforça Rochinski. Para o agricultor, se a coleta desses resíduos fosse realizada pelos próprios municípios, boa parte desse problema seria resolvido. Rangel também argumenta que a fiscalização contribui para universalizar a devolução. "A fiscalização agropecuária ou ambiental associada a coibir a pratica de desvio de embalagens também pode aumentar o índice de devolução", diz. Impactos ambientais Essa liderança também é importante para reduzir os impactos ambientais causados pela destinação incorretas dos recipientes. Antes da adoção do programa, muitas deles eram queimados, enterrados ou reutilizados para armazenar outros produtos. Segundo Robson Barizon, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), quando queimadas o risco de contaminação atmosférica é grande, devido à volatilização de produtos petroquímicos e moléculas de agrotóxicos. Enterradas podem contaminar o solo, além de lençóis freáticos e rios. "O descarte incorreto das embalagens pode trazer riscos tanto para os agricultores, que estão em contato direto com as embalagens, quanto para a população em geral, que pode ser exposta pela contaminação atmosférica e dos corpos d´água", reforça Barizon, especialista em dinâmica de pesticidas no ambiente. Mais de 15 produtos diferentes O processo que leva à reciclagem é simples. Ao comprar defensores agrícolas, o agricultor recebe na nota fiscal a orientação sobre a unidade de recebimento onde as embalagens devem ser entregues. Geralmente o prazo de devolução é um ano ou seis meses após a data de vencimento do produto. No caso de produtos que devem ser diluídos para a aplicação, o agricultor deve lavar as embalagens três vezes com água limpa. Em casos de defensores que não podem ser diluídos, as embalagens não serão lavadas. Depois de vazios, os recipientes devem ser devolvidos nas unidades de recebimento. Essas centrais são gerenciadas pelas revendas. Nesse local, as embalagens são separadas, por exemplo, por tipo de plástico. As informações são repassadas para um sistema de computação gerenciado pelo Inpev, que recolhe os recipientes e os direciona para empresas licenciadas para reciclagem ou incineração. "A grande maioria, ou seja, 92% delas, segue para a reciclagem e os 8% restantes que são as não lavadas seguem para incineração, feita de forma controlada e em postos licenciados", afirma Nishio. Mais de 15 produtos diferentes são produzidos a partir do material reciclado, como embalagens para outras substâncias químicas ou caixas de descarga e elétrica. Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/brasil-e-referencia-mundial-na-reciclagem-de-embalagens-de-agrotoxicos,d0f3433116492410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
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